17 de mai. de 2011

ReVamp (2010)

Quando eu ouvi falar pela primeira vez do ReVamp, eu achei que a banda era um tipo de continuação do After Forever com poucas diferenças. Eu não podia estar mais enganado...

Banda:ReVamp
Estilo:Metal Sinfônico
País:Holanda
Lançamento:26 de maio de 2010









Após o fim do After Forever houveram diversos rumores sobre o futuro da excelente cantora Floor Jansen. Havia inclusive quem dissesse que a cantora seguiria carreira solo, mas a dúvida duraria pouco tempo e no mesmo ano do fim do After Forever, Floor já anunciou que estava empenhada em uma nova banda. Daí ao anúncio do nome dessa banda (anúncio que foi feito no Metal Female Voices Festival 2009, em uma participação de Floor no concerto do Epica) e ao lançamento de seu primeiro álbum foi tudo uma questão de (pouco) tempo. Ah, e o nome da banda é ReVamp, aliás esse é um nome que vem bem a calhar já que Revamp é um verbo em inglês que significa renovar.

E é justamente isso o que o álbum de estreia homônimo trás: renovação. Se você já ouviu o After Forever vai logo notar dois aspectos cruciais que diferenciam o After do ReVamp: o peso e o abandono da voz lírica por parte da Floor em algumas músicas. A primeira característica do ReVamp que eu citei é bem perceptível logo na primeira faixa do álbum. Here's My Hell, nome bem sujestivo já que traduz bem o clima pesado da canção, que por sua vez também combina perfeitamente bem com o tom desesperado da letra.

Outra coisa que anima bem é a agitação que reina principalmente no começo do álbum (mais especificamente nas duas primeiras músicas). Head Up High é um bom exemplo disso. Ela te deixa empolgado sobretudo no refrão, onde você provavelmente se pegará batendo o pé e balançando a cabeça enquanto Flor pede para você congelá-la. Outro ponto forte da música é o solo, que lembra muito os incríveis solos de heavy metal. Outro bom exemplo dessa agitação é a música Million, que conta com um ótimo refrão cantado por um coral.

Já músicas como as belas Sweet Curse, Under My Skin e I Lost Myself são um contraponto ao clima mais pesado do álbum e mostram quão versátil é Floor Jansen, já que nessas músicas ela mostra que ela não é só uma incrível cantora lírica, mas também uma excelente cantora popular (antes que me tentem me matar eu não estou me referindo ao pop). Sem falar que I Lost Myself tem um ótimo acompanhamento de piano e acabou me lembrando vagamente o álbum Invisible Circles, da antiga banda da Floor: o After forever, por causa da letra e do tom meio triste e melancólico da música.

O álbum também contém músicas que ficam bem no meio termo entre as mais pesadas e as mais calmas, como é o caso de Break (que serve como um tipo de contraponto ao peso da "trilogia" In Sickness 'Till Death Do Us Part) e Fast Forward (que tem um refrão muito bom e também a parte mais pesada da música é bem interessante, além do show a parte de Floor no vocal).

Retornado ao clima pesado do álbum, vemos (ou melhor, ouvimos) a "trilogia" In Sickness 'Till Death Do Us Part com All Goodbyes Are Said (a menos pesada da "trilogia", mas nem por isso deixa de ser pesada), Disdain (que é bem rápida e é a mais pesada, porém o vocal masculino não foi bem colocado na minha opinião apesar de ser colocado a parte de coral logo após, o que atenuou a situação um pouco) e Disgraced (a mais épica das três, e eu acho que é até uma das músicas mais sinfônicas do álbum e a melhor juntamente com Here's My Hell). Além da "trilogia" a outra música de clima pesado do álbum é The Trial Of Monsters que me lembrou um pouco power metal no começo, mas depois começou a se diferenciar e tomou um clima mais symp com a voz de Floor, além do som pesado da música e da ótima (e curta) participação de um coral que contribuem para essa música ser no mínimo interessante (para não dizer um pouco estranha, apesar de ser um estranho bom).

ReVamp é um bom álbum considerando que é um álbum de estreia. Realmente não dá para comparar o After Forever, que tinha um som mais coeso e já tinha sua sonoridade formada, como o novato ReVamp, que ainda está buscando sua sonoridade. Mais é um ótimo álbum para se ouvir enquanto o ReVamp não amadurece musicalmente.

Faixas:

1."Here's My Hell"-5:12
2."Head Up High"-3:32
3."Sweet Curse"-4:16
4."Million"-4:20
5."In Sickness 'Till Death Do Us Part: All Goodbyes Are Said"-3:32
6."Break"-4:06
7."In Sickness 'Till Death Do Us Part: Disdain"-3:32
8."In Sickness 'Till Death Do Us Part: Disgraced"-3:28
9."Kill Me With Silence"-3:56
10."Fast Forward"-3:57
11."The Trial Of Monsters"-4:20
12."Under My Skin"-4:07
13."I Lost Myself"-3:30

Nota: 8 ********

2 comentários:

  1. Ae a resenha ficou ótima ,ReVamp é uma banda com história muito curta,(mas com muita qualidade)...o que é um pena,eu gostei muito da músicas,e realmente a Floor é muito versátil,ela é uma vocalista bem ilimitada,eu realmente gosto dela,e considero um de seus melhores trabalhos justamente por não ser tão padronizado e mostrar essa qualidade dela...enfim parabéns pela resenha!
    adeusmetal\m/

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  2. Já viu o show em julho, no Carioca Club? *-*

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