28 de ago. de 2011

Bons Discos de Ópera/Metal

Natalie Dessay é a maior Soprano di Agilitá de sua geração, sucedendo nomes como: Maria Callas, Joan Sutherland e Caballé no território belcantista. Conhecida também por seu belo timbre (não tanto como Netrebko, Fleming, Struder...) e por ser uma excelente atriz.

Dessay tem Lucia como seu papel de eleição, e nessa recita em Lyon, eles fizeram a versão Francesa da ópera (lembrando que Dessay é Francesa).

Hoje é justamente celebre por esse papel, tendo interpretado uma Lucie de excelsa. Deixo para vocês um vídeo de sua última atuação nesse papel, que ocorreu no Met em Fevereiro desse ano.


Obs: Essa é a versão italiana dessa ópera.


Esse disco é a linha média entre o Judas da fase Heavy Metal e o da fase Hard Rock, sendo um registro de excepção que consagrou a banda no tão difícil mercado americano.

Músicas como "Breaking The Law" e "Living After Midnight" eram um Hard Rock bem ao gosto do americano (nem de longe isso é um demérito, muito pelo contrário), e elas ainda tinham um jeitão de hino, que se escancaravam em música como "Metal Gods" e "United" sendo que essa última música podia substituir o hino do Manchester United.

A parte Heavy do grupo aparece na excelente "Rapid Fire", "Steeler","Grinder" e na já citada "Metal Gods".

Isso sem falar no nucleo de criação da banda, os verdadeiros guitarras gêmeas (titulo que no futuro seria usurpado pelo Iron Maiden) e o "Metal God" em uma fase excelente. o Judas Priest é o representante máximo do Heavy Metal, visto que o Black Sabbath sempre renegou o titulo, e o Iron e Manowar surgiram depois.


A Violetta de Maria Callas só e ladeada de igual para igual por Anna Netrebko que abordou a personagem como uma mulher lasciva e lânguida ao passo que a Violetta de La Callas era uma mulher sofrida, doente e vitima.

Netrebko se destaca também devido ao seu belo e sedutor timbre, isso sem falar na sua interpretação tanto física quanto vocal, que bordeja o céus.

Villazón e os outros são relegados para segundo plano, diante da magistral interpretação de Netrebko, apesar de Villazón ter ido até bem, ainda que alguns deslizes fiquem evidentes.




Na epóca do lançamento de "Abrahadabra" do Dimmu Borgir não lhes pude demonstrar todo o meu apreço por esse excelente disco, que considero um dos melhores do ano passado.

Com a saída do genial tecladista Mustis, pensei que o Dimmu Borgir me proporcionaria uma relativa queda de nível nas orquestrações. Ledo Engano!

O Dimmu Borgir produziu nesse disco um trabalho orquestral de um nível nunca visto antes dentro do Symphonic Black Metal, dando várias formas ao som da banda.

Slienoz e Galder cumprem muito bem o seu papel produzindo riffs de beleza inegável, e as participações tanto de Shaw quanto a daquela mulher que canta umas duas faixas ficaram bem interessantes.

É difícil você ouvir um disco pesado como esse e conseguir sentir a beleza do negocio, tanto que esse mérito só poucas bandas alcançam como: Cradle Of Filth, Arch Enemy, Dissection entre outras. Unir melodia com brutalidade é para poucos, e ainda de forma orquestral como o Dimmu Borgir conseguiu fazer nesse disco, e para bem poucos mesmo.


Registro indispensável na prateleira de um fã de Symphonic Metal.

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