4 de dez. de 2011

Heavy Metal Atual

O post de hoje vai tratar de algumas bandas citadas pela Collectors Room nesses dois posts: http://collectorsroom.blogspot.com/2011/11/nao-existe-nada-de-bom-no-heavy-metal.html
http://collectorsroom.blogspot.com/2011/11/nao-existe-nada-de-bom-no-heavy-metal_23.html
Com comentários meus, sobre o que achei das bandas apresentadas. Confesso que não sigo a rabeira da mídia metálica, preferindo me guiar sozinho na hora da escolha dos CDs. Mas com isso eu deixo a oportunidade de conhecer excelentes bandas passarem, então quando, Ricardo, fez esses posts, já fiquei curioso para ver o que estava perdendo.

Aqui vai as constatações


O Ghost foi uma banda que me deixou em dúvidas desde o inicio, mas na epóca em que suas resenhas estavam no auge, o autor tinha outras predileções no setlist. Só que assim como aconteceu com o Mastodon e depois com o Machine Head, o grupo passou a ser muito hypado.

Fui ouvir para tirar minhas conclusões, depois da audição das duas faixas selecionadas para o post, constatei que a banda era muito boa, e que eu teria que ouvir mais vezes para tirar uma conclusão melhor.

O Som do grupo é um Blues Rock com timbre semelhantes ao Black Metal, só que nem de longe com o mesmo peso. O vocalista lembra o King Diamond, mas não chegou a tentar gutural nas duas músicas que ouvi. Ele tem um timbre aceitável, e usa pequenos falsetes para chegar nas notas mais altas, e em quesito de interpretação se sai muito bem.

A Banda parece ter muita influência do Blue Öyster Cult na parte instrumental, e também fazem menção ao rock teatral de Kiss e Alice Cooper, no visual elaboradissimo. A banda é muito boa, e vale a ouvida no seu disco chamado "Opus Eponymous", que é o debut dessa banda sueca e foi lançado esse ano.


Fiquei bem feliz quando vi que o Fleshgod Apocalypse, havia sido citado na matéria, porque sem dúvidas se trata de uma das bandas mais legais que surgiram no Heavy Metal. A banda é como o especialista em Death Metal, Christiano K.O.D.A citou, uma versão Brutal Death Metal do Dimmu Borgir.

A banda faz um Brutal Death Metal com pitadas de Symphonic Metal, e com algumas participações de vocais limpos provindos do baixista da banda, que realmente se esforça muito para cantar naquele tom, mas acabou me agradando.

O batera é um verdadeiro animal, e prova isso com Blast Beats e viradas extraordinarias. Como todo bom Death Metal, a banda faz ótimos solos, que não descambam apenas para a velocidade, possuindo doses generosas de melodia.

Uma das minhas faixas favoritas desse disco é "The Egoism" que conta com uma participação de uma soprano, que dá um novo tempero ao som pesado do grupo italiano. o disco "Agony" é um dos melhores lançamentos do ano de 2011, e talvez seja citado naquela listinha no fim do ano.

Viu Mayan? é assim que se faz Symphonic Death Metal.


Volbeat é uma banda dinamarquesa de Heavy Metal com pitadas de música pop, que eu jurava já conhecer de nome. Por essa foto não me interessei pelo som da banda, mas quando o Ricardo citou as pitadas pop do grupo, me interessei em ouvir a banda.

O que mais reparei, foi o vocal do, Michael Poulsen, que me remete demais ao vocal do Serj Tankian (vocalista do System Of A Down), mas só que sem forçar aqueles agudos horríveis e vocais rasgados de araque. O vocalista aqui é disciplinado e reconhece suas limitações, portanto triunfa na sua vocalização.

Particularmente gosto do timbre e registro central do Serj Tankian, mas a sua megalomania em querer cantar em todas as linhas, somado ao backing vocal terrível do Daron me irritam muito. E por sorte o som aqui é um Heavy Metal pesadão com um pitadinha de música pop, para dar uma temperada no som do grupo dinamarquês.

Eu gostei muito e pretendo ouvir mais vezes, isso aqui sim é um exemplo de Heavy Metal moderno, e não esse papagaiadas do New Metal que os críticos que nem tem tanto envolvimento com o Heavy Metal tentam nos forçar guela abaixo.


O Samsara Blues Experiment é um dos grupos mais complexo que já ouvi na minha vida, o som deles se baseia principalmente no Acid Rock setentista, forte influência do rock progressivo o que gera composições longas e cheia de mudanças de ritimos e viradas, um pouco de Stoner Rock e Hard Rock.

O Som aqui é difícil de digerir nas primeiras audições, e é bem "viajante", o que remete a suas raízes do rock psicodélico. Não consegui gostar muito porque apesar do elemento psicodélico que me agradam, o som aqui é muito longo e complexo com músicas de 8 a 11 minutos, tempo demais para músicas de rock psicodélico.

Os vocais não me impressionaram, já a parte instrumental é de invulgar qualidade, mas não consigo gostar muito, porque eu gosto do estilo psicodélico do Jimi Hendrix e do Cream, e aqui a linha é completamente outra. Vale a pena dar uma nova chance ao grupo alemão, até porque ouvir isso não é nada fácil.



Graveyard é uma banda que faz aquele Hard Rock dos anos 70, com fortes influências do Blues Rock, e que me desce bem melhor que a banda acima. A banda conta com ótimos instrumentistas, que se saem bem restaurando aquela sonoridade dos anos 70, e ainda injetando uma pegada bem "rocker" nas músicas.

O vocalista tem uma voz potente e com aquela sujeira que é tipica a todo cantor de Hard Rock, sendo que o Hard Rock é um dos poucos estilos em que uma voz mais suja não atrapalha o canto, e sim auxilia.

A banda lançou um disco esse ano chamado "Hisingen Blues", que é um dos melhores discos de Rock do ano, e desde já o indico ao Profeta Rocker, que gosta desse tipo de sonoridade.


Blood Ceremony foi uma das bandas mais curiosas que eu conheci recentemente, pois o foco instrumental da banda está na Flauta, ao invés de estar nas guitarras ou teclados como de praxe.

A vocalista e flautista da banda, Alia O'Brien, apesar de não ser nem de longe uma boa cantora roçando a mediania, se destaca por fazer excelentes riffs e solos de flauta, que  remetem ao que eu mais gosto no Folk Metal.

Apesar disso o som da banda não pode ser caraterizado como Folk Metal, até porque o grupo lembra mais o Jethro Tull, fazendo um som calcado no rock progressivo com umas pitadas de Doom Metal.

Se o grupo contasse com uma vocalista melhor seria uma das melhores descobertas que eu fiz esse ano, mas ficar aturando um disco inteiro com uma vocalista que parece estar tentando imitar uma cigana maluca nas suas vocalizações, e com um timbre comum e com nenhuma técnica vocal para compensar essas fragilidades, é meio difícil, mas não chega a atrapalhar a audição dessa boa banda.

Se der tempo farei uma segunda parte desse post, mas podem ter certeza de que novos posts virão por ai, inclusive um especial, que se Deus Metal quiser saíra em breve.

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