27 de dez. de 2012

Melhores Discos que eu ouvi em 2012

Baroness - Yellow



Não consegui baixar ou ouvir o seu irmão gêmeo (a parte "Green" do disco), mas como considero as duas partes independentes, decidi colocar esse disco na lista. O Baroness foi bastante ousado e quebrou os limites do gênero por adicionar ao seu som doses fortes de melodias que parecem ser provenientes de bandas alternativas como o Radiohead em seus mais inspirados discos e também por adicionar as canções fortes doses de psicodelia. Com esse disco o grupo alcança o mais alto patamar do gênero e se consagra como um dos novos gigantes do gênero, lugar hoje justamente ocupado por grupos como o: Mastodon, Machine Head e tantos outros. Link da resenha


2º Norah Jones - Little Broken Hearts




A dor de corno de Adele gerou o sensacional 21, o mesmo sentimento levou Norah Jones a compor seu disco mais delicado e intimista. Ouvir "Good Morning" é como estar diante de um quadro impressionista de mestres como: Monet e Renoir, apreciando os belíssimos jogos de luz de seus quadros. O disco exala uma melancolia que em nada soa artificial e dá um charme maravilhoso ao mesmo, Norah Jones pode não ter o vozeirão de cantoras como Adele, mas sua voz é de uma beleza tão marcante que faz com que toda aquela "pirotecnia" dessas novas cantoras pareça algo totalmente desnecessário. Transformando seu sofrimento em uma bela obra de arte, Norah me ofereceu um mar de emoções sinceras e delicadas ao qual fico muito agradecido. Link da resenha

  Soulfly - Enslaved



Max Cavalera e sua banda entregou uma obra que está pau a pau aos grandes clássicos do Sepultura. Enslaved é um Thrash com doses vigorosas de Death Metal e Groove Metal, de certa forma é o que o Sepultura fazia, só que o disco soa mais moderno e também percebemos um flerte com o Black Metal. Um dos grandes destaques do disco são as sensacionais: "Plata o Plomo" (que apresenta elementos da música flamenca), "Gladiator" com sua "saladas de riffs matadores" e faixas violentas como "World Scum" (com participação do vocalista do Cattle Decapitation, Travis Baker) e "American Steel". Link da resenha

4º  Frank Ocean - Channel Orange




Esse disco é um tiro na comunidade homofóbica de Odd Future e uma prova inequívoca do absurdo talento de Frank Ocean que faz um R&B com doses de Soul e Hip Hop, flertando também com diversas correntes eletrônicas. Moderno, bem produzido sem nunca soar artificial, Channel Orange é como o ,Sergio Martins,  bem disse: "uma aula de música negra contemporânea". Um fator a destacar é a voz de Frank Ocean que sempre foi um destaque na cena hip hop mainstream devido a sua sensibilidade, característica que podemos ver claramente durante todo o disco e principalmente em: "Pilot Jones", "Bad Religion" e no hit "Thinkin About You".

5º Paradise Lost - Tragic Idol


Riffs carregados de melodias, peso na medida certa, atmosferas soturnas, vocais potentes, excelente produção essa é a formula do novo disco que reconecta o grupo a suas raízes doom e dizem muitos que se trata de um dos discos mais pesados do grupo. Depois desse vou correr atrás dos outros discos da banda. Link da resenha

6º Lacuna Coil - Dark Adrenaline


O Lacuna Coil estava devendo um bom disco depois do irregular "Shallows Life" e a banda deu a volta por cima com esse sensacional lançamento. Pesado, com leves pinceladas góticas, moderno e sem medo de chocar os conservadores, o grupo lançou aquele que é provavelmente o seu melhor trabalho. Carregado de hits marcantes que exploram a ótima dupla de vocais formada por Scabbia e Ferro a um instrumental melhorado em comparação com tudo o que a banda já fez. Vale a conferida em faixas como: "Trip The Darkness", "End Of Time" e a excelente releitura de "Losing My Religion" do R.E.M. Link da resenha

7º Beach House - Bloom


Etéreo seria a palavra certa para definir as melodias viajantes do duo composto por Victoria Legrand e Alex Scally. Seu som é rotulado como Dream Pop e isso de certo modo é curioso, pois ouvi o disco deitado na minha cama enquanto me recuperava de um forte gripe que estava me deixando imóvel, e o trabalho do grupo é tão belo que  tive a sensação de estar tendo um belo sonho.

8º Patti Smith - Banga


Ignorei esse lançamento inicialmente, até que por indicação do Sergio, decidi dar uma chance a esse disco. Ainda sim, foi um dos últimos discos que eu ouvi esse ano, e de certa forma talvez isso tenha sido bom, pois fechei esse ano com chave de ouro. Vivemos em tempos onde a letra não passa de um mero acessório para a música e cantoras como Patti servem para mostrar que elas são muito mais do que isso, que as letras podem estar a par de qualidade com as canções. Nesse disco há ricas citações a personagens famosos, entre elas as tocantes: "This Is The Girl" e "Maria", e a divertida: "Banga". 

A impressão que tenho ao ouvir esse disco é que se trata de um sarau em que a poesia e a música dividem o espaço de forma simultânea sem nunca um atrapalhar o outro, "Constantine's Dream" é um poema monumental sendo declamado ou uma canção? provavelmente os dois. O cover de "After The Gold Rush" é de levar o ouvinte as lágrimas tamanha a pungência da interpretação de Patti.

9º Jessie Baylin - Little Spark


Esse disco é de uma beleza e simplicidade (no sentido de as faixas pegarem o ouvinte logo de primeira) encantadoras, Baylin tem um dos timbres mais bonitos que me lembro e sua interpretação delicada é irresistível. Esse álbum é a prova de que não é necessário ter um vozeirão para ser uma excelente cantora.

10º Borknagar - Urd



O Black Metal é um dos estilos mais apaixonantes do heavy metal e grupos como esse ajudam a manter o gênero vivo, pois procuram se superar e diversificar suas composições a cada disco lançado. Borknagar é progressivo, mas não no sentido pirotécnico da coisa e sim no sentido de que suas composições são muito bem elaboradas e carregadas de momentos cativantes. As faixas não são muito longas e seu desenrolar sempre reserva novos elementos interessantes fundindo a brutalidade típica do estilo com a elegância de riffs marcantes e melodias vocais de muito bom gosto

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