23 de jun. de 2013

Em time que está ganhando não se mexe?


A banda sueca, Amaranthe, foi uma das grandes revelações do sensacional ano de 2011 (contamos também com discos excelentes do Opeth, Trivium, Mastodon e Machine Head), inclusive eu resenhei o seu disco de estreia e o coloquei no meu top 10 daquele ano. O som do grupo não mudou nada de lá para cá, permanece o mesmo death metal com fortes doses de música pop e power metal que explora a voz do trio de vocalistas.

Elize permanece como o centro das atenções, a sua voz remete descaradamente a essas cantoras de música pop o que gera sempre aquele estranhamento nos ouvintes de primeira viagem, mas o curioso é que sua voz casa certinho com as músicas do grupo. Solveström impede que a coisa descambe para um pop metal eletrônico com seus vocais guturais, fazendo um bom contraponto entre as duas vozes limpas.

Seu novo disco, The Nexus, possui a mesma formula do anterior o que deve manter a banda em alta com aqueles que gostaram do primeiro disco, mas também decepciona aqueles que queriam ver o que mais a banda tinha a oferecer. Minhas favoritas são: "The Nexus", "Stardust", "Mechanical Illusion" e "Future On Hold", mas todas as outras faixas mantém a qualidade do disco lá em cima.

A exceção é a piegas "Burn With Me" uma baladinha bem rasteira que foge do bom exemplo de "Amarantine" do disco anterior,  talvez a não participação de Solveström tenha contribuído para o fracasso dessa faixa. Os efeitos eletrônicos nesse disco parecem lutar contra os bumbos da bateria, o que gera sempre um clima de urgência nas faixas, coisa que aprecio bastante nessa banda, mas acho que o grupo poderia explorar mais o potencial melódico desses toque eletrônicos em momentos mais desacelerados.

Olof Mörck intervem bem com bons solos e riffs, mas nada que retire o ouvinte da cadeira, por outro lado as atmosferas criadas são bem interessantes pelo futurismo energético que elas invocam. Os refrões são poderosos e grudentos e podem ser identificados facilmente como a principal qualidade desse grupo.

É um disco muito bom, porém não vai surpreender aqueles que já ouviram o disco de estreia dessa banda, apesar de manter a qualidade de seu antecessor a banda não pode se restringir a repetir a mesma sonoridade do seu disco de estreia. Ao meu ver a banda passou facilmente pelo teste do segundo disco, mas se quiser alçar passos mais longos vai precisar mexer um pouco na formula.

Nota: 8,5 ********1/2

15 de jun. de 2013

Charles Bradley, o novo ícone da Soul Music


Parece até coisa de filme, não acham? Charles lançou seu primeiro disco em 2011 com 62 anos de idade e rapidamente teve seu disco aclamado como um dos melhores lançamentos daquele ano . O que ele estava fazendo nesse meio tempo e uma história bem longa, mas deixo para vocês esse dois links: Link 1 e 2.

Sua história é de amor e devoção a música, o lançamento do No Time For Dreaming foi uma grande vitória, mas pelo visto isso não o deixou satisfeito e ele lançou nesse ano Victim Of Love que carrega uma forte influência da fase psicodélica do The Temptations. Com seu vozeirão de rachar o concreto (como bem definiu, Regis Tadeu) e a devoção quase religiosa com a qual ele se entrega nas canções ele tornou seus discos o que de melhor o Soul produz atualmente.

Sua junção ao grupo, Menahan Street Band, foi um grande casamento, já que o grupo criou arranjos espetaculares que somados a voz de Charles se destacam imediatamente. Você pode comprovar isso ao ouvir a alegre e sinestésica "You Put The Flame On It" que não vai permitir que você fique parado. E como ficar inerte perto da potência da triste e autobiográfica "Why Is It So Hard?" cantada a plenos pulmões?



A pungência de uma interpretação triste é observada novamente na sensacional "Victim Of Love" que conta apenas com backing vocals, acompanhamento de violão e um discretíssimo teclado. Ele não tem
medo de se aproximar das tendências mas modernas da música negra como podemos ver na "The World (Is Going Up In Flames)". Para abrir seu mais novo trabalho temos a acessível e grudenta "Strictly Reserved Of You", uma das minhas preferidas.

Para quem gosta de baladas "Lovin You Baby" é um excelente pedida, carregada de emoção varia entre momentos mais delicados até momentos de pura explosão vocal. A banda é boa mesmo? Basta verificar a excelente "Dusty Blue" que mesmo dentro de um disco onde o vocalista é a principal estrela, consegue se destacar como uma das melhores faixas do disco sendo instrumental.

Charles Bradley manda um recado para aqueles que adoram dizer que a música está morta, um disco sensacional que compete bem com lançamentos dos grandes ícones do Soul em pleno 2013. Será que a música que morreu ou será que foram eles que morreram para a música?

Seu mais novo disco fecha com "Throug The Storm" que é um agradecimento a todos aqueles que o ajudaram a chegar onde ele está agora: "I thank you/For helping me through the storm/I thank you/For helping me carry on… through the storm". Que a sua carreira não acabe tão cedo, mas com o seus dois últimos discos ele já marcou a música negra contemporânea. 

Victim Of Love configura desde já na listados melhores lançamentos de 2013.

25 de mai. de 2013

Algumas das minhas músicas favoritas de 2013

Soilwork - Tongue


Benjamin Grosvenor - Rhapsody in Blue
http://www.linnrecords.com/recording-rhapsody-in-blue--saint-s-ens--ravel--gershwin.aspx

Avantasia - Where Clock Hands Freeze


Amaranthe - The Nexus


Ghost - Year Zero 


Blutengel - All These Lies


Helloween - World Of War


Justin Timberblake - Suit & Tie


Alice Russel - Heartbreak


Ben Harper and Charlie Musselwhite - You Find Another Love



                                     


Charles Bradley - Victim Of Love

 


Cult Of Luna - I, The Weapon


Mayer Hawthorne feat Jessie Ware - Her Favorite Song



15 de fev. de 2013

Melhores Álbuns de 2012 Parte 3 - (Arthur)

Eaeeeeee manolada!!! Finalmente a última parte da minha lista, acho que consegui ouvir todos os cd's de 2012 que eu tinha aqui empacados, então vamos a lista:

te' - 音の中の「痙攣的」な美は,観念を超え肉体に訪れる野生の戦慄。
te'! Essa sílaba foi minha descoberta do ano, banda de japas que tocam post-rock instrumental, até aí tudo normal, porém o deferencial é que eles realmente tem algo de rock no som, e diferente de 80% das bandas do estilo eles não ficam naquele clima de melancolia e tristeza pura, você também encontra passagens "felizes" ou "esperançosas", uma ótima banda e pra mim o melhor álbum deles.
Nota: 9,5

Wintersun - Time I
Pra quem acompanha o blog desde o início, o debut do Wintersun foi minha primeira publicação aqui, é um dos meus discos favoritos de todos os tempos, sou um grande tarado fã da banda e dos músicos que a compõe. Após cerca de 6 anos de espera eis que surge essa magnífica obra, um dos discos mais épicos e bonitos que já ouvi na vida! Simplesmente outro nível de metal e produção, e Jarii já prometeu que Time II será ainda mais épico!
Nota: 10

Cannibal Corpse - Torture
Já resenhado! Link aqui
Nota: 9,5

Baroness - Yellow & Green
Tava todo mundo falando desse maldito cd na internet, aí eu pensei "não deve ser lá essas coisas... aposto que vou perder meu tempo ouvindo isso" aí eu ouvi... E tem duas semanas que ainda estou ouvindo, É MUITO PERFEITO!!!!!!!!
Nota: 10

É negadis... acabou! Essa ficou mais curta mas é porque eu tive muitas decepções desses discos de 2012... provavelmente devo listá-los depois. Então fiquem com essa musiquinha e até!

13 de fev. de 2013

Como é a vida sem downloads

Acreditem, não é legal depender da boa vontade do youtube para ouvir novos discos que vem saindo por ai. Primeiro que você acaba ouvindo os novos lançamentos quando eles ficam velhos e na hora que os users do youtube querem e não na hora que você quer.

O youtube é constantemente patrulhado e se ontem o disco novo da Alice Russell estava disponível para audição, hoje eu só tinha direito a 3 músicas do total de 14. E o tempo de carregamento? É de acabar com qualquer esperança de ouvir o disco.

Quero ouvir o novo do Stratovarius, Audrey Horne e esse da Alice Russell, entretanto dependo de uma santa alma abençoada  que poste os vídeos no youtube ou em qualquer outro canal. Por hora ouvi apenas 4 discos sendo que um deles será resenhado em breve.

Ouvindo recentemente o Vertikal do Cult Of Luna, o The Savage Playground do Crashdiët e o Mission da Bartoli. Desses só pretendo resenhar o do Crashdiët no Santuário em breve.

11 de fev. de 2013

Comentários sobre o Grammy

Nem vou entrar no mérito em que se avalia quem as listas ignoraram, pois senão o post seria infinito.

Record Of The Year
Gotye featuring Kimbra - Somebody That I Used To Know

Galera eu nem acho essa música pavorosa, entretanto vocês precisam estar cientes que ela concorria com a excelente "Lonely Boy" do ascendente The Black Keys e com a ótima "Thinkin Bout You" do grande, Frank Ocean, que teve seu disco incensado por grande parte da crítica especializada e eu também o achei excelente (relembre meu top 10 do ano passado).

Minha música escolhida seria a de Ocean devido a pungência da interpretação e a atmosfera que mescla elementos de diversos gêneros com muita elegância. O The Black Keys também merecia essa e não estranharia se eles ganhassem do Frank.

Do outro lado dos "perdedores" temos a ridícula "Stronger" a qual me abstenho de comentar agora (você pode ver o que eu acho dela nesse link) e a manjada "We Are Young" que é uma faixa mediana e que devido a sua aparição nas rádios mainstream já torrou minha paciência. Não gosto da música que indicaram da Taylor Swift, acho que o Red tem músicas melhores.

Gotye evidentemente não tinha calibre para competir com Ocean e o The Black Keys, a canção dele no entanto bate tranquilo as do Fun, Kelly Clarkson e até a Taylor Swift nessa categoria. O fato dele ter ganhado permanece como um mistério para mim.

Minhas escolhas:  1- Frank Ocean (vencedor)
                                2- The Black Keys
                                3- Gotye
                                4- Taylor Swift
                                5- Fun
                                 6- Kelly Clarkson

Album Of The Year
Mumford & Sons - Babel

Até agora estou pasmo com essa premiação esquisita, tudo bem que dessa vez eu não conheço todos os indicados, mas tem certeza que em um ano onde temos um disco do nível do Channel Orange, Blunderbuss, El Camino esse disco tinha alguma chance de vencer? O engraçado é que eu não ouvi nunca ninguém falando nada desse grupo, portanto acabo pensando que eles quiseram surpreender os expectadores e conseguiram, só não sei se foi para o lado positivo.

Colocar o patético Some Nights nessa categoria, só colocar, mostra o quão equivocadas são as escolhas desse ano em diversas categorias. Eu confesso que não ouvi o Babel, mas essa premiação está me cheirando mal.

Minhas Escolhas: 1- Frank Ocean
                               2- Jack White
                               3- The Black Keys
                           

Song Of The Year
Fun. Fearturing Janelle Monaé - We Are Young

Achei essa categoria muito fraca para falar a verdade, tanto que nem a comentaria se ela fosse uma categoria segundaria. Para começar vamos falar desse Ed Sheeran que eu vi em uma porção de categorias. Seu timbre de voz se assemelha ao pavoroso James Blunt e sua canção é um dos chororôs mais aborrecidos que ouvi nos últimos dias. Tem potencial no entanto para aparecer nas caprichos da vida e virar ídolo de meninas debilóides por ai.

"Call Me Maybe" não é uma das piores coisas que eu já ouvi nas rádios (a concorrência é muito grande), mas está muito longe de merecer algum prêmio (além de música chiclete do ano concorrendo com a horrível "Gangnam Style"). Vou ignorar a presença de Clarkson e destacar a boa "Adorn" do cantor, Miguel, que apresenta um som que lembra bem essa nova safra de rappers que sabem explorar com elegância outros estilos musicais a fim de enriquecer sua sonoridade.

Era obvio que o Fun ia ganhar, claro que não merecia, apesar de que nessa categoria as escolhas estavam tão fracas que até dá para compreender sua vitória.

Minhas Escolhas: 1- Miguel
                               2- Fun
                               3- Carly Rae Jaspen
                               4- Ed Sheeran
                               5- Kelly Clarkson

Best New Artist
Fun

Essa categoria é umas das mais bizarras do Grammy visto que muitos dos seus indicados não são novos e sim bandas velhas que só agora foram conhecidas. O Fun tem 5 anos de carreiras e dois discos e Frank Ocean 6 anos de carreira e dois discos também.

Nesse caso só quem sobra são os The Lumineers que fizeram uma apresentação bacana no Grammy, o ótimo Alabama Shakes que ao meu ver lançou o melhor disco de uma banda iniciante no ano passado e o tal do Hunter Hayes que é um daqueles garotos bonitos que as gravadoras alçam para atrair a atenção do público feminino comprador de caprichos e que é tão country quanto o Luan Santana é sertanejo.

Tudo bem, vamos pelos critérios do Grammy, nesse caso a minha escolha é obviamente o Frank Ocean, a vitória do Fun foi um dos maiores embustes que eu já presenciei, o único prêmio que esse grupo realmente merecia era o de "banda coxinha do ano".

Minhas Escolhas: 1- Frank Ocean
                               2- Alabama Shakes
                               3- The Lumineers
                               4- Hunter Hayes
                               5- Fun


Best Hard Rock/Metal Perfomance
Halestorm - Love Bites (So Do I)

Gostei da escolha, apesar de não ter ouvido o disco dessa banda (não achei para baixar na epóca), a música é excelente e esse grupo é um murro na cara daqueles que adoram falar da morte do rock. Meu favorito no entanto era "Ghost Walking" do Lamb Of God, uma canção que mostra como o grupo norte americano evoluiu para melhor em sua carreira e hoje podemos dizer que eles são umas das melhores bandas desse gênero de qualidade heterogênea que é o metalcore.

Gosto muito das músicas indicadas do Anthrax e do Megadeth, mas eu estranho até hoje o fato do Grammy de 2012 premiar coisas de 2011 (como são atrasados...). "Blood Brothers" é uma canção bacana e tal, mas não tinha chance e o que dizer da presença constrangedora de Marylin Manson que lançou  ano passado o fraquíssimo Born Villain (devidamente dissecado pelo Regis Tadeu)? Destoou completamente do resto.

Minhas Escolhas: 1- Lamb Of God
                               2- Halestorm
                               3- Anthrax
                               4- Megadeth
                               5- Iron Maiden
                               6- Marylin Manson

Best Rock Song
The Black Keys - Lonely Boy

Acho estranho a presença de Muse e Mumford & Sons nessa categoria, já que ao meu ver o som que eles fazem é muito mais alternativo do que rock. Enfim, gostei dessa seleção a exceção de "I Will Wait" que não me desperta nenhuma emoção.

"Madness" é uma das melhores músicas do novo disco do Muse, que sempre grava canções radiofônicas muito boas para cada disco que lança (por exemplo: "The Resistance" "Time Is Running Out"). Se no disco anterior as influências eram sinfônicas nesse novo as influências são eletrônicas, o que mostra uma banda que não se aconchega em uma formula exata.

Meu favorito é o rap blues que Jack White faz em "Freedom At 21", uma das melhores faixas de Blunderbuss. Outra boa faixa é a "We Take Care Of Own" de um artista que eu criminosamente ignorei ano passado, Bruce Springsteen. Contudo o prêmio dado ao The Black Keys é justo.

Minhas Escolhas: 1- Jack White
                               2- Muse
                               3- The Black Keys
                               4- Bruce Springsteen
                               5- Mumford & Sons

Best Rock Album
The Black Keys - El Camino

Essa foi uma ótima seleção de bons discos de música (porque considerar Muse e Coldplay bandas de rock continua indigesto para mim). Gosto do Mylo Xyloto do Coldplay que mantém ao meu ver a qualidade dos outros álbuns só que dessa vez eu achei o som mais divertido e menos messiânico do que nos discos anteriores (uma mudança deveras interessante).

Ainda não ouvi o do Muse inteiro, mas pelo tanto que ouvi acho que ele justifica o fato do grupo estar ao lado desse time estelar. O novo disco foi muito bem recebido e mostra um grupo ousado como disse antes. Passei batido pelo o do Bruce, como deixei explicito nesse post.

Minha preferência mais uma vez recai sobre o excelente Blunderbuss de Jack White que é um disco deveras completo.

Minhas Escolhas: 1- Jack White
                               2- Coldplay
                               3- Muse

Obs: Os outros eu não ouvi para julgar, mas tenho quase certeza que são melhores que o disco do Coldplay.

Best Rock Perfomance
The Black Keys - Lonely Boy

Esse Mumford & Sons já tá enchendo o meu saco, o que esse grupo tem de tão especial assim? Nem lembro de ninguém ter falado nada deles e eu ouvi umas coisas deles e achei o grupo tão normalzinho. Enfim como vocês estão vendo, o grupo The Black Keys não perdoou ninguém nas categorias que disputou e realmente esse foi merecido (Já estou pensando em comprar o El Camino).

Meu preferido era o Alabama Shakes que como já disse, gravou um dos melhores discos do ano passado e essa música em especial é uma das melhores e mostra a versatilidade da excelente Britanny Howard. Não muito longe temos "Charlie Brown" que é uma das minhas músicas favoritas do disco de 2011 do Coldplay.

Não conhecia, mas gostei muito dessa música do Bruce Springsteen.

Minhas Escolhas: 1- Alabama Shakes
                               2- The Black Keys
                               3- Coldplay
                               4- Bruce Springsteen
                               5- Mumford & Sons

Best Pop Solo Performance
Adele - Set Fire To The Rain

Essa estava na cara, em uma das piores seleções que eu vi nesse Grammy, a Adele era a única escolha minimamente decente. Eu tenho uma irmã que é completamente louca pela Katy Perry e eu até estava torcendo para que a Katy Perry ganhasse por causa dela (mesmo sabendo que as chances eram praticamente nulas), enfim deu no que deu e ela foi dormir muito mal humorada.

Eu tenho essa performance premiada da Adele e confesso que nem a acho tão boa assim, pois a Adele evita o sobre-agudo no finzinho da música o que é deveras irritante. Não odeio "Wide Awake", mas é uma canção mediana até para os padrões da Katy Perry; a atmosfera é interessante, mas a batida é chata e as melodias vocais são muito manjadas (mesmo a ponte que geralmente é o ponto alto das músicas delas, nesse caso é bem convencional), isso sem falar que a Katy Perry desafina quando canta essa música ao vivo.

As outras escolhas são tão patéticas que nem dá vontade de comentar, mas vamos lá: "Call Me Maybe" é um pop bem feito com um refrão pegajoso, apesar disso o timbre adolescente de Carly é bem aborrecido.  A Rihanna que lança um disco pior que outro (os 2 últimos foram massacrados pela imprensa especializada) com a tediosa "Where Have You Been" que sintetiza todos os erros que ela comete na sua carreira: melodias vocais insossas e forçadas, clima pseudo-messiânico, toques repetitivos demais, diversos vícios do electropop americano (especialmente aquela batida que eu apelidei carinhosamente de "toque do caranguejo" que já aparece em músicas do Justin Bieber).

Minhas Escolhas: 1- Adele
                               2- Katy Perry
                               3- Carly Rae Jaspen
                               4- Kelly Clarkson
                               5- Rihanna

Best Classical Vocal Solo
Reneé Fleming - Poémes

Por fim vamos falar de ópera. Nessa categoria minhas apostas deram resultado, alguém lembra que eu apontei tanto o disco vencedor quanto o seu principal concorrente? Pessoalmente prefiro o Clair De Lune da Natalie Dessay que mais uma vez gravou um excelente disco (em 2011 gravou um disco sensacional dedicado a ópera Guilio Cesare de Haëndel).

Reneé Fleming mereceu, seu disco foi muito elogiado e sua interpretação de "Shéhérazade" foi magistral, já as outras partes eu não gosto tanto assim.

6 de fev. de 2013

Bandas e Artistas recomendados

Eaeeeeeeeeee manolada! Eu tive um problema com meu celular que é meu principal meio de escutar musicas novas, já foi resolvido porém fiquei uns 4 dias sem ouvir nada de novo, então o fim da minha lista deve atrasar uns dias... 
Então pra não perder o embalo dos posts vamos pra mais uma daquelas listas tapa-buraco que todo mundo gosta né:

Guthrie Govan
Guthrie Govan foi a maior descoberta guitarrística que fiz durante o ano, cheguei até ele através de recomendações do Kiko Loureiro em uma revista, Guthrie faz um Jazz/Fusion de outro nível com belíssimos temas e ótimas improvisações, recomendadíssimo!!!


Claustrofobia
Banda brazuka! Claustrofobia é uma das melhores e mais conhecidas bandas do underground nacional, tocam um Thrash/Death sem frescura bem patriota com letras em português.


Nekrogoblikon
Essa é du caraleo! Nekrogoblikon é uma banda Americana de Folk/Death, eles louvam os Goblins de todas as formas possíveis e além das composições próprias eles também trazem outras músicas para o mundo dos Goblins como o clássico tema dos Power Rangers. Em nome de deus metal assistam esse clipe!



Keith Merrow

Keith Merrow é um dos expoentes da atual cena de metal instrumental, extremamente criativo com seus riffs além de ser um ótimo produtor. Keith não tem um perfil de rockstar, então foi complicado encontrar uma foto boa dele (a maioria são prints dos seus videos, só da pra ver as mãos e a guitarra dele). Nessa foto ele esta ao lado de Jeff Loomis, com quem já fez algumas musicas épicas e a agora estão trabalhando em um novo álbum juntos que promete ser ainda mais épico.

1 de fev. de 2013

Straight Out Of Hell (2013)

Antes de tudo eu vou lhes contar o que acontece na cena metal atual. Como se sabe, vivemos em uma seara que é extremamente saudosista e nomes como o Helloween recebem muita atenção até hoje, mesmo não produzindo álbuns espetaculares ou inovando.

Isso joga os grupos que são o futuro do gênero para escanteio, pois preferem fazer matérias e entrevistas falando de bandas como o Helloween ao invés de mencionar as novas caras do gênero.

A nova vanguarda do metal moderno, entretanto não vive só de pensamentos nobres como esse, alguns deles tem um ódio cego do saudosismo e qualquer coisa nessa linha, lhes embrulha o estômago.

O Helloween virou então para essa galera um verdadeiro saco de pancadas e seu novo disco foi recebido com olhares altaneiros por alguns. O que é uma grande vergonha, já que dar valor as bandas que serão o futuro, não significa que devemos menosprezar os grandes mestres do gênero, que inclusive inspiraram as novas bandas.
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Helloween estava devendo, seu último disco empolgou muito pouco e muitos o consideraram no máximo um disco bonzinho, pouco para uma das bandas de metal mais adoradas pelo público brasileiro. Eu mesmo ao saber da noticia desse novo disco, não me entusiasmei nem um pouco, entretanto me propus a ouvi-lo.

Ao ouvir os primeiros trechos de "Nabatea" fiquei impressionado com a qualidade da música, muito potente e com um refrão simples mais efetivo. "World Of War" era um daquelas faixas velozes que nós fãs de power metal nos habituamos a ouvir, sem abrir mão do peso a banda nos apresenta uma ponte muito boa que descamba em um daqueles refrões bem cantantes.

O que se percebe desde primeira música é que o grande mérito desse disco é o fato da banda não abrir mão do peso, o que impede as músicas de ficarem diluídas e açucaradas em excesso, o que não combinaria com o tom delas. Essa é um lição que muitas bandas cópias do Helloween deveriam aprender, já que existe uma porrada de bandas de power metal com sons extremamente diluídos que em nada lembram a potência de seus mestres.

Mesmo na melódica "Live Now" onde os teclados dão um clima eletrônico para a música, o peso permanece lá dando a força necessária a música. É o caminhão de hits não para, temos ainda as excelentes "Far From The Stars" e "Burning Sun", a primeira mostrando o Helloween buscando influências nas músicas aceleradas do Stratovarius sem perder sua essência (o solo da música é bem humorado, coisa típica do grupo) e a segunda com uma performance excelente de Andi Deris.

Alias eu não me lembro de ter visto uma performance tão inspirada do Andi Deris como nesse disco, sua voz combina muito bem com o peso adicional que a banda colocou nesse disco, as passagens melódicas são cantadas sem nenhum problema e as notas agudas lhe saem facilmente. E ainda conta com o apoio de ótimos coros que o ajudam nas partes mais "fofas" do refrão.

Depois desse inicio arrasador que prometia um novo clássico do power metal, vem a primeira balada, "Waiting For The Thunder, que até passa, mas a chatíssima, "Hold Me In Your Arms", puxa o disco lá para baixo. O álbum volta ao normal com a boa "Wanna Be God", mas é com a faixa-título que o disco dá aquela guinada de volta para o surpreendente inicio.

"Asshole" é uma música diferente, com uma presença marcante do baixo , riffs monolíticos, um teclado martelando motivos no fundo e um refrão que explora com criatividade as linhas melódicas e onde fica marcado um jogo na voz de Andi Deris em que se explora partes mais melódicas e outras mais agressivas. Ótima Faixa.

"Years" também tem influências do Stratovarius, mas dessa vez essa inspiração soa genérica e o refrão é a única coisa interessante na música. "Make Fire Cathc The Fly" e "Church Breaks Down" fecham o disco e se a primeira é uma faixa bem legal a segunda é apenas boa.

Confesso que fui surpreendido por esse novo disco do grupo e cheguei a imaginar em algum momento que ele seria um dos melhores desse ano, entretanto o excesso de faixas prejudicou o disco que ficaria excelente se excluísse algumas, a impressão que temos é a mesma que o Ricardo Seelig descreve: "Algumas composições são totalmente dispensáveis e nunca deveriam ter visto a luz do dia, passando a impressão de estarem no tracklist apenas para completar a duração de um CD".

Esse é o grande mal do disco, pois o torna longo demais e dificulta a audição do mesmo. Entretanto especialmente pelo inicio arrasador e por outras músicas muito bacanas espelhadas ao longo do disco, o recomendo e afirmo que esse é um dos melhores discos da fase recente do grupo.

Nota: 8 ********

Melhores Álbuns de 2012 Parte 2 - (Arthur)

Faaaaaaaala manolada! Chegamos a segunda parte da minha listinha que precisaria de um rolo de papel higiênico para ser escrita por inteiro. Eu notei que a lista ta ficando um pouquinho grande... Parece mais a lista de "tudo que eu não achei ruim" do que a lista dos melhores, então depois que eu terminar essa lista eu vou TENTAR fazer um top com os 10~15+ pra ficar mais justo. Agora chega de papo e vamos aos discos:

Van Halen - A Different Kind Of Truth
Esse aí o Rubens que me lembrou, não sei como passei direto por ele enquanto fazia a primeira parte da lista! Eddie em sua melhor forma, largando a mão nos solos e deixando de lado aquele tecladinho tosco que eu detestava.
Nota: 9,0

Moonspell - Alpha Noir & Omega White
É... Eu acho que me precipitei em colocar o Testament no topo antes de escutar esse(s) cd(s) do Moonspell, que é uma das minhas bandas favoritas. 
Alpha Noir segue a linha pesadona que a banda aderiu a partir do álbum Memorial (2006), e Omega White já segue o estilo mais Dark/Gothic que a banda fazia na época de The Antidote (2003) e Darkness And Hope (2001). Ambos os discos são de altíssimo nível, a banda se mostra extremamente madura e nenhum dos dois cd's tem ponto baixos, sem dúvida um dos meus favoritos do ano.
Nota: 10

Kreator - Phantom Antichrist

Kreator foi a banda que me trouxe para belo mundo do Thrash, e esse álbum realmente me surpreendeu. Eu esperava por uma continuação do Hordes Of Chaos (2009) e Enemy Of God (2005) porém a banda fez o inesperado (pelo menos pra mim) e adicionou elementos mais melódicos, solos mais bem trabalhados e passagens acústicas, realmente me surpreenderam e só isso já os faz merecedores de entrar nessa lista.
Nota: 9,0

Bucketheadland - Racks / The Silent Picture Book / The Shores Of Molokai / March Of The Slunks
É eu quis juntar os 4 aqui, (o March Of The Slunks eu citei na primeira parte da lista) todos seguem a mesma linha de som então cheguei a conclusão de que só faz sentido eles entrarem nessa lista se forem juntos.
Nota: 8,5

Keith Merrow - Retrospecial
Keith Merrow é um dos mais criativos guitarristas de metal da atualidade, é muito reconhecido no underground devido a sua criatividade. Keith faz um Death/Prog instrumental extremamente épico, com riffs destruidores. Falando em riffs, esse é o seu ponto forte e é oque diferencia ele dos demais guitarristas. 
Retrospecial é incrível e conta com a participação de grandes nomes do metal moderno como Jeff Loomis (Ex- Nevermore), Ola Englund e Gord Olson (que entrou nessa lista junto com Keith Merrow ano passado através do Demisery). 
Recomendado pra quem gosta de uma guitarra de 7 cordas bem tocada.
Nota: 10 (Pra mim desbanca o Plains Of Oblivion do Jeff Loomis facilmente)

Kiko Loureiro - Sounds of Innocence
Graaaaaaaaaaaaaaaande Kiko! O guitarrista que mais me influenciou durante o ano de 2012. Sounds Of Innocence (pelo menos pra mim) é o melhor de seus trabalhos solo. Pesado, melódico e versátil, uma aula não de guitarra mas sim de música! Mostrando que pra fazer algo musicalmente belo não podem existir fronteiras ou preconceitos, misturando metal, samba, jazz, choro, bossa, funk, fusion e muito mais Kiko fez desse disco meu álbum favorito de musica instrumental, espero poder encontrá-lo algum dia pra pegar um autografo no meu songbook do No Gravity e agradecer por abrir minha mente como guitarrista.
Nota: 10

Storm Corrosion - Storm Corrosion
Finalmente um cd que eu já resenhei! Link da resenha
Nota: 10

Revocation - Teratogenesis (EP)
Revocation é um dos expoentes da cena Tech/Prog Death atual, com ótimos músicos a banda faz um som único, (eles apareceram na minha lista do ano passado com o foderoso Chaos Of Forms) Teratogenesis mostra um amadurecimento no som da banda, fazendo um som mais sério e extremo, o próximo full desses manolos promete muito.
Nota: 9,5

André Matos - The Turn of The Lights
Essa capa não é o spell de shock do Skyrim? André esta de volta kicking rabos! Depois do mediano Mentalize (2009), The Turn Of The Lights mostra porque o cara é tão respeitado no metal mundial, um cd avassalador digdin digdin digdin, pra mim o melhor trabalho do André desde o Reason (2005) do Shaman, pesado demais com o instrumental em outro nível e uma produção muito legal, com um som bem orgânico, em alguns momentos tive a impressão de estar com os ouvidos colados nos amplificadores das guitarras!
Nota: 9,0

Bem manolada esse é o fim da segunda parte, pelos meus cálculos a próxima será a última... Enquanto isso fiquem com um sonzinho z1k4 v1d4 l0k4 ae!

30 de jan. de 2013

Melhores Álbuns de 2012 Parte 1 - (Arthur)

É tem cd pacas que eu ainda quero ouvir antes de fechar essa lista, então vou dividir minha lista em algumas partes assim eu enrolo vocês ganho tempo pra escutar mais alguns discos... Então vamos começar:

Primal Rock Rebellion - Awoken Broken

Ah.... Esses "supergrupos"... Primal Rock foi formado pelo grande Adrian Smith e um cara que eu nunca ouvi falar Mikee Goodman. Adrian toca de uma forma incrível! Fugindo do dó-ré-mi clássico do Iron Maiden e fazendo um som mais moderno e pesadíssimo. Mikee me deixou pasmo! O cara canta demais! Recomendadíssimo!
Nota: 8,5

Avatar - Black Waltz

Avatar era uma banda sueca de Melodic Death bem original, acompanho o som deles a um bom tempo e sou grande fã dos caras. Eu não escrevi aquele "era" à toa, eles continuam suecos porém a sonoridade da banda mudou drasticamente nesse cd, adicionando elementos de metal industrial e uns toques teatrais. Dificilmente uma banda com uma formula sonora já estabelecida se reinventa dessa forma e consegue fazer algo tão bom sem parecer vendida.
Nota: 8,5

Testament - Dark Roots Of Earth

Aaaaaaaa manolada... Eu disse que não gosto de rankings mas com esse aí não dá! É o melhor cd que eu escutei esse ano! Testament provando mais uma vez que o Big Four deveria abrir os shows deles! Simplesmente épico! Se você ainda não ouviu pare de ler essa lista agora e vai escutar! Depois você termina de ler esse post, ele não vai fugir.
Nota: 10

Flying Colors

Mais um "supergrupo"... Olhem o line-up da banda: Mike Portnoy, Dave LaRue, Casey McPherson, Neal Morse e Steve Morse. Vocês acham que algo não-foda poderia sair dessa união? Bitch please...
Nota: 9

John 5 - God Told Me To

John 5 é um puta guitarrista que é muito pouco falado, o pessoal lembra mais dele como ex-Manson e o carinha do Rob Zombie, mas ele tem uma discografia solo que é incrível e que fica cada vez melhor! Nesse disco específico ele faz uma coisa incrível dividindo o cd em metade metal e metade acústico, diversificando o som e não caindo na maldição dos guitarristas solo de lançarem albuns com 1 hora de masturbação guitarrística.
Nota: 8,5

Bucketheadland - March Of The Slunks

Buckethead lançou (pasmem) mais de 5 cd's de musicas inéditas ao longo de 2012, e olha que metade do ano ele ficou se recuperando de uma lesão na coluna! Eu peguei todos conforme foram saindo, sou MUITO fã dele, porém não cheguei a ouvir nenhum até a data desse post, esse disco em especial eu fui escutando enquanto escrevia esse post. Ficou incrível, Bucket voltou a fazer seu metal bizarro depois de um tempo sem sair daquele sonzinho acústico, só não entendi porque ele voltou a usar o nome Bucketheadland que ele só usou nos primeiros cd's.
Nota: 8,5

Unleashed - Odalheim

Com o Unleashed não tem tempo ruim, o som deles é esse e pronto, Death/Viking sueco da melhor forma, mereciam muito mais reconhecimento pelo tempo de estrada que já possuem.
Nota: 8,5

Isso é tudo pessoal! Pelo menos por enquanto! Ainda essa semana dou continuidade a lista, e fiquem com um sonzinho ae pra vcs passarem o tempo.




E pra manolada que usa o Lastfm pode me add lá! Link aqui

1001 discos; I Never Loved A Man The Way I Love You (1967)


Artista: Aretha Franklin
Selo: Atlantic
Produção: Jerry Wexler
Nacionalidade: EUA
Duração: 32:51


1. Respect
2. Drown In My Own Tears
3. I Never Loved A Men The Way I Love You
4. Soul Serenade
5. Don't Let Me Lose This Dream
6. Baby, Baby, Baby
7. Dr. Feelgood (Love Is A Serious Business)
8. Good Times
9. Do Rigth Woman - Do Right Man
10. Save Me
11. A Change Is Gonna Come







Todo mundo apontava Aretha como a rainha do soul, embora seu caminho para o trono tenha sido cheio de obstáculos. Antes de assinar com a Atlantic, em 1966 ela passou seis anos - e nove discos - com a Columbia, que inibiu seu talento inato para o soul e a transformou numa cantora de standards de clubes de jazz.

Libertada dessas correntes por Jerry Wexler, da Atlantic, Franklin viajou para o Fame Studio, em Muscle Shoals, Alabama, em fevereiro de 1967. Mas o marido e empresário de Aretha, Ted White, teve um desentendimento com um dos integrantes da banda de apoio, composta só por brancos, quando apenas uma canção e meia estava gravada. As sessões foram rapidamente parar transferidas para os estúdios da Atlantic, em Nova York.

Aretha, que compôs quatro faixas e acompanhou-se ao piano no disco, resistiu a tendência dos artistas de blues de só cantarem músicas escritas e arranjadas pelos estúdios. Seu jeito de tocar piano foi comparado ao de Ray Charles e tornou-se a base em cima da qual todas as faixas foram construídas.

O disco abre com uma versão de "Respect", de Otis Redding, subvertida em um hino feminista. "A Change Is Gonna Come", um clássico de Sam Cooke sobre a luta pelos direitos civis, foi igualmente revista - a briga comprada pela própria Aretha. "Dr. Feelgood" mostra uma mulher incrivelmente segura, imbuída de uma sexualidade raramente ouvida antes numa artista negra.

Livre das amarras da Columbia, Aretha logo assumiu a realeza do soul tanto por sua poderosa expressão de sentimentos como pelo sentimento, em si, embutido nas canções. Ninguém ouve este disco extraordinário sem se emocionar.

Músicas Selecionadas

1.

3.

11.

29 de jan. de 2013

Melhores Álbuns de 2012 - (Arthur)


Olá Headbangers!!! Deve ter 1 ano desde o meu último post XD Tive uns problemas no meio do ano e só agora consegui me estabilizar de novo pra ter tempo de postar,cheguei a ficar mais de 3 meses sem pc e sem internet, ou seja, sem musica nova :( então pra retomar as atividades nada melhor do que começar com minha seleção de melhores do ano. Mas antes vou esclarecer umas coisas sobre a minha listagem:

1) Não gosto de rankings, então os cd's não vão seguir ordem nenhuma, vou simplesmente lista-los

2) Eu escutei pocua coisa em 2011, e escutei menos ainda em 2012 XD, então COM CERTEZA vão ficar faltando alguns discos, então se a banda que você gosta lançou um cd Ultra Super Tr00 e ele não aparecer aqui pode ser que eu simplesmente não tenha tido tempo de escutar.

3) Assim como a lista do Rubens a minha não será 100% metal, os leitores mais antigos devem saber que eu escuto muita coisa "diferente", então vocês vão encontrar coisas mais "exóticas" talvez.

4) Dividirei minha lista em 2,3 ou 4 posts: Talvez eu siga o esquema do ano passado fazendo uma lista com os cd's famosões e outra com os undergrounds/debuts, porém não sei se escutei músicas suficientes para encher dois posts... 
O terceiro seria a lista das decepções, dos poucos cd's que ouvi muitos eu não gostei...
E o quarto (idéia que copiei do post do Rubens) seria a lista com os albúns que não consegui ouvir ainda...

Então é só isso... devo começar a escrever pela manhã... Fiquem com uma musiquinha ae pra vocês se distraírem enquanto meus(s) post(s) não ficam prontos


(Sim eu usei o texto de 2011 como rascunho AHEAUEHUAHEUA)

1001 discos: Pink Moon (1972)


Artista: Nick Drake
Selo: Island
Produção: John Wood
Projeto Gráfico: Michael Trevithick
Nacionalidade: Inglaterra
Duração: 26:30


1. Pink Moon
2. Place To Be
3. Road
4. Which Will
5. Horn
6. Things Behind The Sun
7. Know
8. Parasite
9. Ride
10. Harvest Breed
11. From The Morning









Depois que seu sensacional segundo álbum, Bryter Layter, foi praticamente ignorado pela crítica, Nick Drake, retirou-se para seu apartamento quase vazio em Londres. Pink Moon estava fadado a se despir dos floreios orquestrais que deram a Bryter Layter e a seu álbum de estréia, Fives Leaves Left, seu rasgado tom emotivo.

Certa vez, Peter Buck, do R.E.M., perguntou ao produtor John Wood como tinha conseguido um som tão intimista em Pink Moon. Wood explicou que Drake havia se limitado a sentar ao microfone, nos estúdios da Sound Techniques, e tocar. Todo o clima foi criado com o poder sem enfeites da guitarra e da voz mágica de Drake, trêmula de emoção.

Os elementos barrocos das melodias de Drake, seu intricado trabalho de guitarra e a ampla musicalidade criam as linhas harmônicas descendentes de "Parasite" e o excesso de acordes coloridos de "Pink Moon" (a única canção em todo o álbum na qual foi feito overdub). O tom bucólico de "Place To Be" remete ás imagens da natureza típicas da produção de Drake, enquanto "Ride" traz mudanças de acordes rápidos, de tirar o fôlego. O talento excepcional de Drake na guitarra permanecia intacto, mas se prestava, agora, a canções mais duras, tristes, perturbadoras. Ao que consta, Drake apareceu na gravadora apático e deixou as fitas masters deste seu último álbum com uma das secretárias.

"From The Morning" encerra o disco com uma rara nota de otimismo. O triste, porém, é que um de seus versos - "and now we rise, and we are everywhere" - acabou sendo o epitáfio gravado no túmulo desse músico de enorme talento que morreu em 1974, com apenas 26 anos.

Músicas Selecionadas

1.

4. 


6. 

8. 

10.

Get Up! (2013)


Link da resenha

28 de jan. de 2013

Black Mass (2012)


Após um primeiro álbum bem experimental, o Just Like Vinyl mostra um álbum bem mais coeso que o primeiro.



Após o término do The Fall Of Troy, uma banda razoavelmente conhecida e bem difícil de rotular pela mistura incomum de rock progressivo, hardcore e uma pitada de rock alternativo que eles tinham (que na maioria das vezes funcionava), Thomas Erak , vocalista, guitarrista e líder da banda resolveu criar uma nova banda. Assim criou-se o Just Like Vinyl, que desde seu começo foi extremamente antecipado pelo relativo sucesso da banda anterior de Erak. Após um álbum homônimo bem experimental e odiado por fãs, a banda lançou neste ano o 2° álbum, 'Black Mass', que surpreendeu muitos, já que o hype inicial da banda tinha praticamente se esvaído com o primeiro álbum.


Neste álbum, a banda mostra um som coeso e que volta às raízes de Erak sem o foco na parte progressiva do The Fall Of Troy. O gênero deste álbum é tão difícil de identificar quanto os da antiga banda de Erak. 'Black Mass' mistura hard rock com um pouco de progressivo (bem de leve), heavy metal e hardcore. Ou seja: extremamente difícil de rotular, apesar de ser geralmente rotulado como: metal progressivo, o que eu discordo, pelo menos o que eu ouvi de metal progressivo não é muito parecido com o som de 'Black Mass'; rock progressivo, também discordo pelo mesmo motivo citado acima; ou algum gênero mais amplo como rock ou heavy metal.

O álbum tem bons momentos, apesar de ter algumas falhas. Como por exemplo com o tipo de vocal usado em 'Walk You Home', que teria sido bem melhor se ele não gritasse como uma criança birrenta no refrão da música (embora isso ser influência do convidado especial dessa música, ou talvez se acelerassem essa música isso pudesse ser resolvido ou minimizado). Já em 'Bitches Get Stitches' nota-se claramente a evolução no vocal de Erak e 'Hours And Whiskey Sours' lembra muito os tempos de The Fall Of Troy, mostrando qual teria sido a sonoridade da banda se ainda estivesse ativa.

Apesar deste álbum ter algumas falhas, ainda é um bom álbum e é uma ótima evolução do primeiro álbum da banda. Sua mistura incomum é interessante, e se bem desenvolvida em álbuns futuros, pode render bons frutos.

NOTA: 8

1001 Discos: Kind Of Blue (1959)


Artista: Miles Davis
Selo: Columbia
Produção: Irving Townsend
Projeto Gráfico: Jay Maisel
Nacionalidade: EUA
Duração: 45:52


1. So What
2. Freddie Freeloader
3. Blue In Green
4. All Blues
5. Flamenco Sketches













Ás vezes, a badalação exagerada em cima de um álbum o sufoca. Adjetivos fáceis como "clássico", "inovador" ou "marcante" são atribuídos por ai com muita facilidade e, em meio a isso, pode-se perder o verdadeiro valor do material original. Ainda bem que Kind Of Blue não precisa dessa advertência - trata-se de um momento que definiu um gênero musical do século 20 e ponto final.

Davis tocava com o saxofonista John Coltrane desde 1955 e, nos anos seguintes, eles afiaram sua música até chegar a Kind Of Blue.

Gravadas no estúdio da Columbia, na 30th Street, em Nova York, as cinco faixas ocuparam duas sessões de nove horas, um tempo notável para uma banda que nunca tinha visto as partituras antes - um truque usado com frequência por Davis para fazer os músicos se concentrarem mais em suas performances.  Ele também acreditava em poucos em poucos ensaios e, assim, conseguia levar os instrumentistas a uma brilhante espontaneidade.

Desde a abertura em meio-tempo de "So What", o álbum apresenta um leque variado de estilos, como a espantosa "Blue In Green", com Bill Evans tocando piano suavemente para acompanhar os lamentos do trompete de Davis, e a languidez da espanholada "Flamenco Sketches". A banda estava tão afinada que foram necessários apenas seis takes para gravar as cinco faixas - apenas "Flamenco Sketches" precisou de uma nova rodada.

O álbum foi celebrado desde o lançamento. Mas nem Miles é infalível. Três faixas foram gravadas no tom errado (o que seria arrumado mais tarde, nos relançamentos). Como se alguém tivesse notado.

Obs: O livro afirma que Wynton Kelly tocava na faixa "Blue In Green", entretanto quem realmente toca piano nessa faixa é o Bill Evans. Wynton Kelly toca apenas na faixa "Freedie Freeloader" para dar uma pegada mais "blues" a essa música.

Músicas Selecionadas

1.

5. 

25 de jan. de 2013

1001 Discos: Disintegration (1989)


Banda: The Cure
Selo: Fiction
Produção: David M.Allen e Robert Smith
Projeto gráfico: Parched Art
Nacionalidade: Inglaterra
Duração: 60:29



1. Plainsong
2. Pictures Of You
3. Closedown
4. Lovesong
5. Lullaby
6. Fascination Street
7. Prayers For Rain
8. The Same Deep Water As You
9. Disintegration
10. Untitled










Robert Smith e o The Cure nunca esperaram se tornar estrelas da música pop, mas sucessos como "Just Like Heaven" moderaram suas críticas furiosas, tirando-os das sombras em direção ao sucesso.

Em Disintegration a banda buscou um som mais coeso. O resultado, segundo a revista Q., é como ser "envolvido por um enorme casaco encharcado d'água . De fato, "Prayers For Rain" e "The Same Deep Water As You" são faixas tão dramáticas quanto seus títulos sugerem. Mas nem tudo é perdição e escuridão.

Não, brincadeira. Há perdição e escuridão de todos os tipos seja ela surreal ("Lullaby"), de um romantismo desolado ("Plainsong") ou violenta ("Disintegration") - mas sempre, como o jornal NME notou, "excitantemente infeliz". A banda também emplacou grandes sucessos e o maior deles foi "Lovesong", um presente de casamento de Robert Smith á sua noiva, Mary.

Em meio ao desespero, o baixista Simon Gallup e o antigo baterista do Thompson Twins, Boris Williams, dão um ritmo impressionante ao álbum e em particular a "Fascination Street" (acerca de Bourbon Street, no coração do quarteirão em Nova Orleans). O guitarrista Porl Thompson está sempre por perto e estará presente mais tarde na versão de "Lullaby" tocada em turnês. O tecladista Roger O'Donnell é uma constante e Lol Tolhurst fica em segundo plano (aparece nos créditos como "instrumentos adicionais").

"Fiquei preocupado por estar envelhecendo" - lembra-se o vocalista e letrista Robert Smith, prestes a completar 30 anos naquela época. Uma ansiedade que, 10 anos depois, serviu de combustível para Bloodflowers, no mesmo tom de Disintegration. Essa linhagem foi confirmada pela edição de Trilogy em 2003, um DVD ao vivo que incluía seu predecessor espiritual, Pornography.

Música Selecionadas

4. 

5.

6.